Isaque estava ficando bastante idoso e mal podia enxergar. Mandou chamar Esaú, pois queria abençoar o filho mais velho.

    "Meu filho, estou muito velho e gostaria de abençoar você. Sei que não viverei muito tempo mais!". Disse Isaque.

    Ele pediu que Esaú saísse ao campo e trouxesse uma caça. Esaú deveria fazer uma comida especial para o seu pai.

    Rebeca ouviu tudo que Isaque tinha dito a Esaú. Lembrou-se também de que Deus tinha dito a ela que o filho mais velho serviria o mais moço. Como ela tinha um carinho especial por Jacó, planejou uma armadilha.

    Enquanto Esaú caçava nos campos, Rebeca mandou que Jacó trouxesse a ela dois bons cabritos. Ela faria um guisado especial, do jeitinho como Isaque gostava. E como a visão de Isaque estava muito ruim, ela disse a Jacó:

    "Você vai levar a comida a seu pai no lugar de Esaú, e ele abençoará você e o fará herdeiro!".

    "Mas mãe, eu sou bem diferente de Esaú. Ele é um homem peludo, e eu não sou. Papai vai desconfiar quando me tocar, e não terei a bênção!".

    Mas Rebeca estava determinada, mandou Jacó vestir algumas roupas de Esaú e amarrou pelos de cabritos sobre seus braços, mãos e perto do pescoço.

    "Quem está ai?", perguntou Isaque, sem conseguir enxergar direito.

    "Sou eu, o seu filho mais velho. Eu trouxe a comida que preparei com a minha caça, papai!", mentiu Jacó.

    Isaque estranhou que Esaú houvesse voltado tão depressa da caçada, mas Jacó conseguiu despistar bem, e Isaque comeu a saborosa comida.

    "É estranho, Esaú, mas a tua voz está muito parecida com a de Jacó!" E Isaque começou a apalpar o seu filho e notou que era cabeludo.