E Rute voltou com Noemi para Belém, bem na época da colheita das cevadas.

    As duas, desamparadas, não tinham o que comer.

    Rute disse a Noemi, sua sogra: "Vou até os campos e colherei espigas daquele que permitir que eu faça isso. Talvez alguém tenha compaixão e me deixe apanhar algumas espigas."

    "Vai, minha filha", concordou Noemi.

    Rute foi ao campo onde trabalhavam várias pessoas. Ali, colhia apenas as espigas que caiam das mãos dos colhedores. E, por coincidência, estava colhendo nas terras de Boaz, parente do marido de Noemi. Boaz era um homem valente e poderoso.

    "Quem é aquela mulher colhendo as espigas?", perguntou Boaz, muito interessado, a um de seus empregados.

    "Aquela é a mulher moabita que voltou com Noemi", respondeu o chefe dos homens que colhiam.

    Boaz mandou que chamassem Rute e disse a ela: "Não vá colher espigas em outro lugar. Quero que você continue colhendo aqui, nas minhas terras! Já dei ordem para que ninguém mexa com você. Caso você queira beber, pegue a jarra, e os moços tirarão água para você."

    Rute e Boaz conversaram bastante, e depois ela ficou ali até a tarde.

    Quando encontrou Noemi, Rute contou tudo a ela, sobre Boaz e como ele tinha sido bom deixando que eia colhesse as espigas.

    Noemi muito alegre disse: "Bendito seja ele, pois é nosso parente, e bendito seja o Senhor que nos tem abençoado."